quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ex-secretário do partido, Fortes é aliado de Serra


No buliçoso tucanato, o tesoureiro do partido, Márcio Fortes (RJ), tem lado: a tropa de choque do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Além do laço político, Serra e Fortes costumam se encontrar quando um visita o Estado do outro. Primeiro-suplente de deputado pelo Rio, Fortes freqüenta o Palácio dos Bandeirantes nas viagens a São Paulo.

E não é só sua escolha para o comitê financeiro da campanha à Presidência que revela a proximidade com Serra. Em 2002, foi formalmente acusado pelo PFL, hoje DEM, de contratar arapongas para investigar a então governadora Roseana Sarney (MA), à época potencial candidata à Presidência.

Como secretário nacional do PSDB, função que exerceu até 2003, não raro era alvo de queixas no partido por supostamente tentar privilegiar Serra.
Apesar da proximidade, Fortes só teria avisado a Serra que as contas do partido seriam objeto de reportagem anteontem.
Herdeiro da João Fortes Engenharia -vendida no ano passado- Fortes foi, aos 34 anos, secretário-geral do Ministério da Fazenda em 1979, no governo de João Baptista Figueiredo.

Filiado ao PMDB de 1983 a 1994, Fortes foi presidente do Banerj de 1989 a 1991, no governo Moreira Franco.
Foi secretário de Obras da Prefeitura do Rio, em 1993, no governo Cesar Maia. Eleito deputado em 1994, já no PSDB, foi secretário da Indústria, Comércio e Turismo do Estado do Rio de 1996 a 1998, no governo de Marcello Alencar (PSDB).
Reelegeu-se em 1998. Em 2006, apesar dos gastos em campanhas (R$ 2.643.500), obteve apenas uma suplência.

FOLHA

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