domingo, 18 de agosto de 2013

MP investiga enriquecimento ilícito e nepotismo na Câmara de Piracicaba



O Ministério Público de Piracicaba (SP) instaurou inquérito sobre suposto enriquecimento ilícito e prática de nepotismo (contratação de parentes sem concurso público) de diretores da Câmara. A investigação é baseada em denúncias feitas por e-mail à Promotoria local e ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Ainda não há acusações ou provas legais das irregularidades, mas o MP solicitou informações ao Legislativo para investigar o caso.

O inquérito, aberto pelo promotor João Carlos de Azevedo Camargo, apura se procede a denúncia de que os diretores administrativo, Kátia Mesquita, e de comunicação, Carlos Eduardo Gaiad, adquiriram patrimônios incompatíveis com os salários que recebem do Legislativo.

O chefe da comunicação foi denunciado, ainda, de ter nomeado sua esposa Elenice Gaiad para um cargo de comissão na Casa. Ela é assessora contratada pelo gabinete do vereador André Bandeira (PSDB).

Nos procedimentos iniciais do inquérito, Camargo pede que o presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB), envie a declaração de patrimônio dos diretores desde que assumiram os cargos que ocupam; além de dados da esposa de Gaiad e sobre a sua nomeação na Casa.

O G1 Piracicaba entrou em contato com os dois diretores, que já foram notificados, e Gaiad informou que pretende apresentar sua defesa caso seja processado. "Eu tenho 63 anos de idade, 43 de atividade jornalística, um carro e uma casa. Não sei como isso pode significar enriquecimento ilícito. Esta foi uma acusação infundada, absurda e descabida", disse.

Quanto à esposa, ele explicou que ela entrou no Legislativo antes mesmo de ele assumir o cargo de chefe da comunicação e que ela é subordinada somente ao vereador André Bandeira. A diretora administrativa foi procurada, mas estava na faculdade e pediu que a reportagem ouvisse somente Gaiad. G1