quinta-feira, 12 de julho de 2007

Cada parente no seu galho

CADA PARENTE NO SEU GALHO:
Políticos e um juíz que empregaram parentes, pagos com dinheiro público (o nosso).
MICHEL TEMER - PMDB / SP Deputado - Propôs a oficialização do nepoptismo, com "cotas" para contratações de parentes.
JORGE VIANA - PT / AC Governador - (7 primos, 2 tios e 1 cunhado).
CELSO RUSSOMANNO - PPB / SP Deputado - (Pai e irmão).
ODELMO LEÃO - PPB / MG Deputado - (Mulher e cunhada).
THEMÍSTOCLES SAMPAIO - PMDB / PI Deputado - (3 filhos e 1 neta).
ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO Presidente do Supremo Tribunal de Justiça - (Mulher).
Fonte: Revista Veja - 16/02/2000 (Outros políticos citados nesta edição da revista, já estão no site)

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PRESIDENTE DA CÂMARA (E DAS PROPINAS):
ARMANDO MELLÃO NETO - PMDB / SP Presidente da Câmara Municipal de S. Paulo, foi denunciado por formação de quadrilha e concussão pelo Ministério Público. Ele seria um dos chefões do esquema de cobrança de propinas de camelôs de uma administração regional que controlava. De acordo com denúncias, a arrecadação chegava a R$ 6 mil por semana e os recursos seriam usados para cobrir gastos de campanha do vereador. Segundo um promotor, Mellão valeu-se do prestígio, após receber do prefeito Celso Pitta o direito de indicar o administrador regional, para organizar um grupo e "impor a particulares, a concessão de vantagens ilícitas".
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 23/02/2000

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LAMA NO VENTILADOR:
TEOTÔNIO VILELA FILHO - PSDB / AL Presidente do partido, o senador entrou na alça de mira da Comissão de Ética por causa de denúncias publicadas pelo jornal Correio Braziliense contra uma instituição que leva o nome do pai do senador, a Fundação Teotônio Vilela, que teria recebido de maneira irregular R$ 4,2 milhões dos cofres do governo do Distrito Federal para o treinamento de 48 mil trabalhadores.

GERALDO LESSA Primeiro suplente de Teotônio e presidente da Fundação Teotônio Vilela, foi quem firmou os convênios. Até assumir em janeiro o mandato de senador, não tinha uma fonte formal de renda. Exercia na Fundação um cargo não-remunerado, e disse que seu custeio pessoal foi bancado nos últimos anos por uma assessoria informal que presta ao Maceió Mar Hotel.

ROMERO JUCÁ - PSDB / RR Uma fita gravada em que o senador conversa com o diretor administrativo e financeiro da Eletronorte, Valdemar André Johansson, sustenta acusação feita pelo secretário de Agricultura de Roraima, deputado Salomão Afonso de Souza Cruz (PPB). Segundo a denúncia, o diálogo em código entre os dois mostra uma tentativa de desvio de recursos da União destinados a obras da Eletronorte. O único crime nessa história é o grampo ilegal”, contra-ataca Romero Jucá.
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 01/03/2000

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DEFENSOR DO "SALÁRIO-MARAJÁ":
SEVERINO CAVALCANTI - PPB / PE O corregedor da Câmara, que apresentou em 1999, uma emenda para que cada um dos três poderes, fixe o seu próprio salário, disse que "R$ 11,5 mil era muito pouco, para um parlamentar viver com dignidade".
Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 08/03/2000
* Obs: Também contratou familiares (2 filhos), pagos com dinheiro público (o nosso).
Fonte: Revista Veja - 16/02/2000

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DESVIAVA VERBAS PARA ENTIDADE-FANTASMA:
FERNANDO LUPA - PSDB / PE Encaminhou uma verba que os deputados do estado do Pernambuco têm de R$ 20 mil mensais para uma entidade assistencial fantasma, que se provou depois, não existir.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 20/03/2000

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PITTAGATE :
CELSO PITTA - PTN / SP O Ministério Público pediu afastamento do prefeito de São Paulo por causa de várias denúncias (inclusive de sua ex-esposa Nicéa e do filho). Se esquivava da cassação do mandato (inclusive de um processo de impeachment) por seu partido ter a maioria na Câmara. Obteve um "empréstimo" de R$ 800.000 do empresário Jorge Yunes (que descobriu-se mais tarde, foi beneficiado pelo prefeito em seus negócios imobiliários e na contratação de seus parentes pela Prefeitura).
Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 24/03/2000

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DESVIARAM DINHEIRO, DEIXANDO ALUNOS SEM MERENDA NEM CARTEIRAS:
Três ações populares denunciaram fraudes e corrupção na prefeitura de Ouricuri, em Pernambuco. Foram gastos R$ 3 milhões na Educação, mas os alunos da cidade, estavam estudando no chão) por que não havia dinheiro para a compra de carteiras nem da merenda. Suspeita-se de que em 3 anos, desviaram cerca de R$ 10 milhões. Várias empresas "laranjas" (na maioria, de vereadores ou parentes do prefeito) prestavam serviços à prefeitura. Veja abaixo os principais envolvidos.

PEDRO GILDEVAN DE MELO Secretário de Administração e Finanças (e quem manda em Ouricuri, pois seu pai, que é o prefeito, vive viajando e não para na cidade).

FRANCISCO CARLOS MATIAS DOS SANTOS Presidente da Câmara de Ouricuri, recebia os pagamentos feitos à uma das empresas "laranjas" pela prefeitura

EDVALDO DA LUZ Empresário da cidade que usou a própria mãe como "laranja" (ela era proprietária de uma empresa fantasma contratada pela prefeitura).
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 26/03/2000

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DEFENDERAM O NEPOTISMO (CONTRATAÇÃO DOS PRÓPRIOS PARENTES):

JOSÉ ÍNDIO ( ZÉ ÍNDIO ) - PMDB / SP Deputado federal.
GILBERTO NASCIMENTO - PMDB / SP Deputado estadual.
Fonte: Programa Paulo Lopes na TV - Rede Bandeirantes - 27/03/2000

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RECORDISTA DE CASSAÇÕES:

JOSÉ CARLOS TARDELLI - PFL / SP Prefeito de Itapetininga (SP), recordista de processos de cassação (já sofreu quatro) e continua no cargo graças à liminares.
Fonte: Programa Paulo Lopes na TV - Rede Bandeirantes - 27/03/2000

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PREFEITOS CASSADOS:

EDSON LUÍZ VIEIRA - PFL / SP Ex-prefeito de Monções (SP) foi preso, acusado de ter mandado matar seu antecessor no cargo.

FERNANDO BARBOSA - PSDB / SP Prefeito de Barbosa (SP) foi cassado duas vezes, por falta de decoro, mas obteve liminares para voltar à prefeitura.

CARLOS COLOMBO - PSDB / SP Ex-prefeito de Tapiraí (SP) foi afastado pela Câmara e cassado.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 27/03/2000

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GIGANTESCO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EM CÂMARA DE CARIACICA:

Vereadores de Cariacica, no Espírito Santo, foram presos e outros eram procurados pela Polícia, após terem sido denunciados por participação num esquema de corrupção. Foi determinada a prisão preventiva dos parlamentares e outros envolvidos. O material foi encaminhado para os promotores pelo Jornal A GAZETA, que teve acesso à farta documentação sobre o esquema de corrupção desenvolvido naquele município. Para apresentar os documentos à Justiça, eles quebraram o sigilo bancário dos vereadores e demais envolvidos no esquema e acrescentaram uma vasta documentação à matéria. Os vereadores nomearam vários assessores fantasmas ou "laranjas", que não trabalhavam e não recebiam, e se apropriavam dos seus vencimentos. Ao serem nomeados, assinavam uma autorização de débito em conta corrente para transferência às contas dos respectivos vereadores aos quais estavam vinculados. As irregularidades na prefeitura, supostamente eram comandadas pelo então prefeito Dejair Cabo Camata. Réu em cerca de 40 processos, Camata, que morreu em um acidente de carro, era acusado de improbidade administrativa, calúnia e obstrução da Justiça, formação de quadrilha, porte ilegal de arma, entre outros. Com o seu advogado, Vicente Paulo da Silva, ele sumiu com dois processos de calúnia e difamação. Um desses processos teria sido roubado junto com o carro do advogado, depois de ele ter retirado os documentos do Tribunal de Justiça. Os envolvidos no esquema são:
ROGÉRIO SANTÓRIO - PMDB Presidente da Câmara
ILMA CHRIZÓSTOMO SIQUEIRA - PMDB Presidente da Comissão de Justiça
ADEILSON CABRAL - PMDB
VANDER LIMA RUBERT - PDT
MILTON LOPES RUBIN - PSB
MARCOS ARAÚJO - PSDB (Mudou de partido, e foi para o PHS)
JOEL GABRIEL PEROVANO - PFL
JOSÉ DA ROCHA - PFL Segundo secretário da Mesa
JOCELINO MIGUEL - PSC/PL Vice-presidente da Mesa
ALDO REZENDE - PDT
EDSON "BORRACHA" RIBEIRO DA COSTA - PPB
Pastor VALMIR QUEIROZ PINTO - PMN
ADMILSON JOSÉ SIQUEIRA - PTB
DAISE COELHO SANTÓRIO Mulher do presidente da Câmara, Rogério Santório
HELENA PEREIRA DO NASCIMENTO Funcionária pública
GESSY SIQUEIRA Marido da vereadora Ilma Chrizóstomo
MARIA ISABEL COELHO VIEIRA Cunhada do presidente da Câmara, Rogério Santório
Fonte: Site do Jornal A Gazeta - www.redegazeta.com.br/jornalagazeta/ - 30/03/2000
* Obs.: Houve pouco tempo depois um incêndio, que se descobriu ser criminoso, no Fórum de Cariacica, e que guardava as provas dos crimes
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2000).

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DESVIO DE MAIS DE R$ 130 MILHÕES:
REYNALDO DE BARROS / SP Secretário de Obras e presidente da Emurb, na gestão do prefeito Paulo Salim Maluf na prefeitura de São Paulo (1993 à 1996) , foi denunciado por um ex-gerente de uma das empreiteiras contratadas na época, e que provou através de documentos, que as obras foram super faturadas (em mais de 400%). Para se ter uma idéia do rombo, o m² do túnel Airton Senna custou mais que o dobro do EuroTúnel, que liga por debaixo do mar (Canal da Mancha) a Inglaterra à França. Calcula-se que a Prefeitura teve um prejuízo de cerca R$ 2 bilhões, e que mais de R$ 130 milhões foram para o bolso de Maluf e de Reynaldo de Barros. Maluf gabava-se de que suas contas na Prefeitura, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas de São Paulo, mas, não disse que a maioria dos integrantes (muito bem pagos) deste tribunal, foram nomeados pelo próprio Maluf e pelo seu afilhado político na época, Celso Pitta. Estes funcionários do Tribunal de Contas, não souberam explicar porque aprovaram as contas super faturadas de Maluf.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 12/04/2000

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"TUDO EM FAMÍLIA":
ANTÔNIO CASEMIRO BELINATI - PFL / PR Prefeito de Londrina, no Paraná, e pai do deputado Antônio Carlos Belinati, foi denunciado pelo Ministério Público, do desvio de cerca de R$ 16 milhões dos cofres públicos (há denúncias também da compra de juízes).
ANTÔNIO CARLOS BELINATI - PSB / PR Depois da apreensão de documentos na casa do empresário Carlos Zavierucha, coordenador financeiro da campanha de Belinati, eleito deputado estadual, as suspeitas de desvio dos cofres de Londrina podem chegar a R$ 200 milhões, segundo um diretor de uma autarquia usada para a fraude.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 15/04/2000

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FRAUDES EM MAIS DE 1.000 LICITAÇÕES:
ODIR ROCHA - PDT / TO Prefeito de Palmas, no Tocantins, foi denunciado por fraudes mais de 1.000 licitações. Estima-se que o município tenha tido um prejuízo aproximado de R$ 15 milhões, nas transações feitas entre empresas (a maioria fantasmas) que super faturaram materiais e serviços para a prefeitura (que aprovara os valores).
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 18/04/2000

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VOTARAM CONTRA OU SE ABSTIVERAM DE VOTAR A INVESTIGAÇÃO DE FRAUDES NA PREFEITURA DE SÃO PAULO:
MIGUEL COLASUONNO - PMDB / SP Vereador que votou contra a investigação. (Documento anônimo recebido pelo Ministério Público com os nomes, telefones e endereços de vereadores da base governista que receberiam mesadas para aprovar os projetos de interesse da prefeitura. Em forma de código, o documento aponta as datas e as quantias entregues a cada um desses De acordo com o papel ele teria recebido R$ 425 mil. Só em um mês (dezembro) teria recebido R$ 100 mil. Colasuonno participou da Comissão de Finanças que analisou o projeto do Orçamento municipal, votado em coincidentemente em dezembro - Revista Istoé, edição nº 1592).

EMÍLIO MENEGHINI - PPB / SP Se absteve, ajudando o prefeito Celso Pitta. Outros vereadores que votaram contra a investigação como: Wadih Mutran e Brasil Vita ; ou que quiseram se abster: Archibaldo Zancra, Viviani Ferraz, José Izar, Osvaldo Enéas, Cosme Lopes, Dito Salim, Edivaldo Estima e Mario Dias; ou que alegaram que estavam com "problemas de saúde" e não votaram, e outros que tentaram impedir a votação, "estranhamente" são os mesmos que também não quiseram investigar o caso da corrupção dos fiscais (veja mais em Vereadores que não quiseram investigar...).
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 19/04/2000 (além de outros jornais e noticiários)

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"BARBALHIDADES":
JADER BARBALHO - PMDB / PA O líder do partido foi acusado pelo presidente do Senado, de uso de violência quando era governador para desapropriar irregularmente o garimpo Castelo dos Sonhos e de ter se beneficiado de recursos desviados por homens de sua confiança por intermédio da Sudam e do Banco do Estado do Pará (PANPARÁ). Foi acusado, ainda, de ter se beneficiado de licitações fraudulentas com a participação de um "pequeno empresário da construção civil" (veja mais em A mina do Senador).
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 28/04/2000

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ASSALTO ÀS CRIANÇAS:
RONALDO LAGES Prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, no Piauí, com apenas 1.600 estudantes, e que anunciou a compra de 60.000 cadernos (quase 40 por criança). Descobriu-se ainda, que a fatura era de uma empresa fantasma.
Fonte: Revista Veja - 03/05/2000

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ESCÂNDALO DOS PRECATÓRIOS:
WAGNER BAPTISTA RAMOS Ex-coordenador da dívida pública municipal, também é co-réu nos processos contra Maluf. Considerado o inventor da fórmula para turbinar o valor dos precatórios, é acusado de trabalhar ao mesmo tempo para a prefeitura e para uma das instituições que mais lucraram com a compra e a venda dos títulos, o banco Vetor.
PAULO AFONSO VIEIRA Governador de Santa Catarina entre 1994 e 1998, patrocinou a emissão de papéis que renderam mais de 600 milhões de dólares, embora o Estado não tivesse um único centavo de dívida judicial a pagar. Em 1997, escapou da cassação, em votação na Assembléia Legislativa catarinense, porque faltaram dois votos para aprovar o pedido de impeachment.

DIVALDO SURUAGY Governador de Alagoas por ocasião da farra dos precatórios, foi de todos os envolvidos o mais rapidamente punido, ao menos no campo político. Ainda em 1997, não conseguiu honrar uma dívida de pouco mais de 100 milhões de reais, contraída com o lançamento irregular de papéis. O Estado sofreu, então, uma intervenção branca do governo federal, que nomeou secretários e proibiu o governador de autorizar despesas. Com salários atrasados, os funcionários estaduais promoveram uma rebelião comandada pela PM e Suruagy teve de renunciar ao cargo.

MIGUEL ARRAES Ícone da esquerda e dono de biografia até então inatacável, governava Pernambuco pela terceira vez quando autorizou a emissão de mais de 400 milhões de dólares em títulos para o pagamento de dívidas inexistentes. Seu secretário de Fazenda na época era o neto Eduardo Campos, o "Dudu Beleza", que chefiou o lançamento dos papéis. Outros envolvidos são Paulo Maluf e Celso Pitta (Veja mais nesta página).
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

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A COMPRA DE VOTOS DA REELEIÇÃO DE 97:
Em maio de 1997, a emenda constitucional que autorizaria o presidente, os governadores e os prefeitos a disputar a reeleição já tinha sido aprovada na Câmara e aguardava pela votação no Senado. Veio a público então a gravação de uma conversa na qual os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do Acre, confessavam ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda. Segundo eles, o deputado Pauderney Avelino, do Amazonas, e o então presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, eram os intermediários das negociações. De acordo com a denúncia, tudo era fechado com o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, amigo de Fernando Henrique Cardoso e principal articulador político do presidente. Cabia aos governadores do Amazonas, Amazonino Mendes, e do Acre, Orleir Cameli, efetuar o pagamento. Na conversa registrada na fita, Ronivon dizia que mais três parlamentares (Osmir Lima, Chicão Brígido e Zila Bezerra, todos de estados da região Norte) tinham vendido seus votos. Veja abaixo, os principais envolvidos.

RONIVON SANTIAGO / AC O deputado do Acre negou inicialmente que não era a sua voz na gravação. Alguns dias depois, confirmou que era ele, mas disse que tudo não passara de uma brincadeira. Declarou até que lucraria politicamente com as denúncias, pois apareceria na TV e nos jornais. Expulso do PFL e com a certeza de que seria cassado, renunciou uma semana após a divulgação das denúncias e não tentou a reeleição.

PAUDERNEY AVELINO / AM Deputado do Amazonas, seria um dos intermediários.
JOÃO MAIA / AC Na época do escândalo, já tinha sido filiado a nove legendas, incluindo PT e o PFL. Também renunciou ao mandato de deputado e não tentou voltar para a Câmara.

AMAZONINO MENDES - PFL / AM A denúncia da compra de votos foi apenas mais uma na extensa lista de escândalos do governador. Mais interessado no controle político da Zona Franca de Manaus, pouco se abalou com o caso. Foi reeleito e voltou a reinar no Amazonas.

ORLEIR CAMELI / AC Com longa ficha criminal, o ex-governador do Acre escapou ileso ao escândalo da compra de votos, mas desistiu de tentar a reeleição. Em 1999, foi apontado como integrante do cartel da droga no estado, caso hoje em investigação por uma CPI.

NARCISO MENDES Ex-deputado constituinte, foi identificado como o autor das gravações. Muitos acreditam que gravou as fitas para se vingar do governo federal, que promovera uma devassa fiscal em suas empresas, deixando-o com dívidas de 25 milhões de reais. Para outros, a iniciativa foi motivada por sua amizade com Paulo Maluf. Narciso, que fez fortuna aliando-se a governadores para conseguir obras públicas, já chegou a subir na mesa da Assembléia Legislativa do Acre com uma arma no coldre para ameaçar colegas. Também está sendo investigado pela CPI do Narcotráfico.

OSMIR LIMA - PFL Deputado e braço direito do ex-governador Orleir Cameli, já apresentou um projeto propondo a devolução do Acre à Bolívia, disputou a reeleição, mas perdeu.

CHICÃO BRÍGIDO Filho de seringueiros, tentou se eleger governador do Acre.

ZILA BEZERRA - PFL Dos deputados envolvidos no escândalo, foi a única que conseguiu a reeleição, tornando-se deputada pelo PFL.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

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O ROMBO DO BANESPA:
ORESTES QUÉRCIA Governava o Estado no início do período investigado pelo Banco Central. Foi o responsável por antecipações de receitas orçamentárias, procedimento pelo qual o Banespa adiantava ao Tesouro paulista o dinheiro de impostos, cobrindo buracos no orçamento estadual para a quitação de dívidas com empreiteiras. Tais operações custaram ao banco 600 milhões de dólares.

LUIZ ANTÔNIO FLEURY FILHO Sucessor de Quércia, intercedeu pessoalmente para que o Banespa concedesse empréstimos a empresas sem condições de honrar seus compromissos.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000

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